Se o Verão é brasa em fúria,
Travo seco, fogo ardente,
O Inverno é fria lamúria,
Apatia omnipresente.
Se a calma é tempo imenso,
Linha sóbria e inteira,
A raiva é mistério denso,
Mancha negra, desordeira.
Se a alegria é orgasmo,
Trinta risos de assentada,
A tristeza é um poço
Onde já não nasce nada.
Se o dia é movimento,
Energia laboral,
A noite é ponderada
Em azul imperial.
Se amor é sentimento
Que vai longe e mais além,
O ódio não é diferente,
E é tudo isso também.
Se a verdade é trivial
Quanto tudo o que aqui disse,
Então pudera eu dar por ela
No momento em que a visse.
1 comentário:
Tão deliciosamente popular... :) Mui bom.
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